Yeda Veiga Ferraz: conheça a primeira astrônoma brasileira
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Yeda Veiga Ferraz observou as estrelas no primeiro Observatório astronômico do Hemisfério Sul, e rompeu barreiras.
A história da astronomia brasileira começou muito cedo, apenas três décadas depois de Galileu Galilei realizar a sua primeira observação celeste, através do seu telescópio. Entretanto, a astronomia demorou bastante tempo para abrir suas portas para as mulheres. Somente quase 100 anos depois dos Estados Unidos terem a sua primeira astrônoma, é que o Brasil teve a sua primeira profissional na área, Yeda Veiga Ferraz.
Yeda Veiga Ferraz nasceu no Rio de Janeiro, em 1925. Ela veio de uma família com oito homens e sete mulheres, e seus pais, ao contrário do que era feito na época, estimulavam suas filhas a seguirem o caminho dos estudos, e também do trabalho. Yeda Veiga Ferraz acabou se destacando na escola em uma matéria que apavora pessoas até hoje em dia, a matemática. E esse foi o começo do seu caminho para a astronomia.

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PixabayYeda Veiga Ferraz: da infância à vida adulta da primeira astrônoma brasileira
Depois de ter se destacado durante o seu ensino fundamental, o curso preparatório para a faculdade a levou a conhecer Mauro José Ferraz, que foi o grande amor da sua vida. Juntos, eles compartilharam o interesse pela engenharia, matemática, e astronomia, e formaram uma bela família, construindo uma história fantástica, e que enche de orgulhos os brasileiros.
Em 1943, eles ingressaram juntos na Escola Nacional de Engenharia, e lá chamaram a atenção dos professores de cálculo, que trabalhavam também dentro do Observatório Nacional. No segundo ano da faculdade, os professores perceberam que o casal tinha facilidade com cálculos, e os convidaram para trabalhar como calculistas dentro do Observatório Nacional.
Dentro do Observatório Nacional, Yeda fez sua carreira como calculadora, mas se dedicou a confecção do anuário astronômico, e se tornou responsável pelas observações astronômicas para determinar a hora exata, de acordo com as estrelas. O resultado desses cálculos era transmitido através das estações de rádio, e também adotado como a hora legal brasileira.
A astrônoma também participou da criação do primeiro curso de graduação de astronomia no País, na universidade que hoje em dia é conhecida como UFRJ. Ela viveu por muito tempo, e recentemente foi homenageada na Sociedade Astronômica Brasileira, no ano de 2018.
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